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Carla Silva

Educação Infantil: a relação do brincar na aprendizagem


A psicomotricidade, uma ciência que se preocupa com o

desenvolvimento global do indivíduo, vem através de suas diversas técnicas trabalhar a relação do indivíduo com ele mesmo e com o espaço em que está inserido, para que se possa conhecer, através disto, os seus limites e os limites do próximo de modo que possam manter relações entre si.

As atividades psicomotoras são essenciais na educação infantil, pois

através dela se dá a relação entre o brincar e o aprender, ou, aprender brincando.

Através das atividades psicomotoras, é preciso ter claro que é

possível alcançar e desenvolver inúmeras habilidades essenciais para o desenvolvimento infantil e o processo de aprendizagem; dentre elas, as habilidades de consciência corporal, criatividade, noções espaciais e temporais, assim como habilidades emocionais, sociais, cognitivas e motoras.

Todas as habilidades precisam ser observadas e desenvolvidas através do brincar, pois como se sabe, o brincar é uma parte essencial no desenvolvimento infantil, ou seja, é inerente à criança. É brincando que a criança interage e se desenvolve de modo que possa revelar seu mundo enquanto brinca, possibilitando ao adulto (mediador do processo) conhecer o que se passa por seu interior. De acordo com Oliveira (1992, p.23).

A maneira como uma criança brinca ou desenha reflete sua

forma de pensar se sentir, nos mostrando, quando temos olhos

para ver, como está se organizando frente à realidade,

construindo sua história de vida, conseguindo interagir com as

pessoas e situações de modo original, significativo e prazeroso,

ou não.

Sendo assim, o brincar é a forma mais espontânea que a criança possui para desenvolver-se e demonstrar seus sentimentos. O adulto pode, através da brincadeira e dos jogos, segundo este, citado de maneira diferenciada por ser mais estruturado para o alcance de objetivos mais específicos quando se trata da estimulação de habilidades a serem desenvolvidas, contribuir para o desenvolvimento da criatividade na criança, uma vez que a íntima relação entre o jogo e a brincadeira, permite ao indivíduo a estimulação da imaginação, condição básica para a criatividade. Atualmente, ´percebemos uma geração pouco criativa e pouco estimulada à criatividade em função da falta de estimulação no brincar a partir das séries iniciais, devido a falta de conhecimento neste aspecto, por não se entender esta como uma etapa essencial do desenvolvimento infantil e ao mesmo tempo por sufocá-la com

lista de horários, disciplinas escolares e compromissos diários infundados e incoerentes.

Por outro lado, esquece-se de que através da recreação -

originada do Latim recreare (recrear) - a criança desenvolve a criatividade, inventa, reinventa, descobre e promove mudanças pessoais e sociais.

É necessário que o indivíduo viva cada etapa de sua vida para que possa torna-se um ser mais completo.

Os professores da Educação Infantil devem utilizar a prática psicomotora com ludicidade e ter em mente de forma bem clara que áreas deseja desenvolver, assim como os objetivos deverão ser alcançados em cada atividade.

Ao longo de todos os períodos letivos da educação infantil, o

professor deve estar atento aos objetivos propostos e preparar atividades que desenvolvam habilidades das seguintes áreas do desenvolvimento infantil: comunicação e expressão; cognição; expressão corporal; orientação espacial e visuoespacial; habilidades auditivas, olfativas, gustativas, táteis e proprioceptivas.

Do mesmo modo, os pais precisam estar atentos a todo tipo de

estimulação que pode ser feita no dia a dia com a criança, a partir dos interesses expostos e levantados por ela.

Carla Silva

Psicopedagoga

Professora

Especialista em Ed Infantil e Ed Especial

Mediadora de PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental)

Multiplicadora do Método das Boquinhas RJ

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